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LOST ZWEIG - Lançamento em Julho/2005

Filme de Sylvio Back

Baseado em fatos reais, a partir do livro "Morte no Paraíso", de Alberto Dines

Falado em inglês (no Brasil será exibido com subtítulos em português)

35mm, cor, 114min

 

PRÊMIOS DE LOST ZWEIG

 36º FESTIVAL DE BRASÍLIA/2003
 “Melhor Atriz” (Ruth Rieser)
 “Melhor Roteiro” (Sylvio Back e Nicholas O’Neill)
 “Melhor Direção de Arte” (Bárbara Quadros)

 7ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES - Seleção Oficial        

 XXII FESTIVAL CINEMATOGRAFICO INTERNACIONAL DEL URUGUAY/2004 - Seleção Oficial

 11º FESTIVAL DE CINEMA DE CUIABÁ/2004
 “Melhor Fotografia” (Antonio Luiz Mendes)

 14º. CINE-CEARÁ/2004
 “Melhor Filme”
 “Melhor Diretor” (Sylvio Back)
 “Melhor Fotografia” (Antonio Luiz Mendes)
 “Melhor Trilha Sonora” (Raul de Souza e Guilherme Vergueiro)

 FESTIVAL INTERNACIONAL DO RIO 2004 - Seleção oficial

 28ª MOSTRA INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/2004 - Seleção oficial

 8º FESTIVAL DE CINEMA DE CURITIBA/2004 - Filme convidado para encerramento

 14º FESTIVAL DE CINEMA DE NATAL/2004
 “Melhor Diretor” (Sylvio Back)

 

SINOPSE

Última semana de vida do escritor judeu austríaco Stefan Zweig, autor do livro "Brasil, País do Futuro" e de sua jovem mulher, Lotte que, num pacto cercado de mistério, se suicidam em Petrópolis (RJ) após o Carnaval de 1942, ao qual haviam assistido. Um gesto que ainda hoje, sessenta anos depois, desperta incógnitas e assombro pela sua premeditação e caráter emblemático.

 

ELENCO

Rüdiger Vogler, Ruth Rieser, Renato Borghi, Daniel Dantas, Ney Piacentini, Claudia Netto, Juan Alba, Ana Carbatti, Odilon Wagner, Kiko Mascarenhas, Katia Bronstein, Denise Weinberg, Michael Berkovich, Felipe Wagner, Carina Cooper, Silvia Chamecki, Thelmo Fernandes (como Orson Welles), Isaac Bernat, Alexandre Ackerman, Garcia Júnior, Jorge Eduardo, Marcela Moura e Waldir Onofre.

 

FICHA TÉCNICA

Produção: USINA DE KYNO
Co-produção: CALLA PRODUCTIONS (EUA), ESTÚDIOS MEGA/TIBET,  LABO CINE DO BRASIL, QUANTA, RIOFILME, TV CULTURA DE SÃO PAULO
Produtor associado: Andrew Hood
Produtor: Sylvio Back                  
Produção Executiva: Margit Richter                              
Diretor de Produção: Tininho Fonseca
Argumento: Sylvio Back
Roteiro: Sylvio Back e Nicholas O'Neill                                                                              
Casting Internacional:  Andrew Hood e Tree Petts (Europa)
Casting Nacional: Ruy Brito e Cibele Santa Cruz
Diretor de Fotografia Antonio Luiz Mendes
Diretor de Arte: Bárbara Quadros
Figurinos: Ticiana Passos
Cenografia: Rostand Albuquerque                      
Montagem e edição: Francisco Sérgio Moreira                    
Trilha musical: GuilhermeVergueiro, Raul de Souza
Direção: Sylvio Back
Ano de Produção: 2004

 

ROTEIRO

Lost Zweig narra a derradeira ronda que o escritor austríaco Stefan Zweig (60 anos), autor do famoso livro, “Brasil - País do Futuro”, e sua jovem esposa, Lotte (33), empreendem ao tempo e à morte.

Tudo transcorre entre o domingo de Carnaval e a segunda-feira da semana seguinte, 23 de fevereiro de 1942, nas cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro.

A originalidade de Lost Zweig reside, exatamente, no resgate ficcional da "vida brasileira" de Stefan Zweig, uma espécie de elo perdido da sua biografia: a tensão entre as recordações da "dourada era da segurança" européia pré-Hitler e a nostálgica ilusão de reencontrá-la no Brasil; Zweig, sofrendo com o exílio, é hostilizado pela publicação de “Brasil – País do Futuro”; o inusitado encontro dele com o Orson Welles filmando o seu inconcluso documentário “It’s All True”, e as perigosas relações do escritor com a ditadura Vargas tentando obter vistos de permanência no Brasil para judeus que fogem, como ele, da perseguição nazista na Europa.

Tudo permeado por um tortuoso conflito entre a ex-mulher Friderike e a atual, Lotte, enquanto ele vai se deixando levar pela idéia da morte como o supremo sacrifício de um humanista ante a decadência moral do mundo.

Apaixonado pelo Brasil desde a primeira visita em 1936 - "... se algures na Terra existe o Paraíso, não pode estar longe daqui" (fazia suas as palavras de seu biografado Américo Vespúcio) -, Zweig veio mais duas vezes, e na segunda em 1941, para ficar, fugindo do nazismo que já lhe queimara os livros em praça pública.

Autor de mais de cinqüenta novelas, romances, poesia e inúmeras biografias, Stefan Zweig acredita na inevitável vitória da barbárie nacional-socialista, de que a Europa toda cairia definitivamente sob o jugo de Hitler. Esses presságios, que pontuam a narrativa de Lost Zweig, o enlouquecem nos últimos meses de vida.

Sobrecarregado pelas evidências da guerra (Pearl Harbour, a queda de Cingapura), imbricado a uma crescente crise pessoal, Zweig prepara-se - quase cientificamente - para o fim. E mata-se com a esposa num pacto escamoteado aos poucos e mais fiéis amigos. Na carta-testamento, que é uma declaração de amor ao Brasil, confessa: "Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes".

Morreu tão só quanto viveu, mas com certeza desiludido com a provisória neutralidade da América do Sul: navios mercantes brasileiros são torpedeados por submarinos nazistas na costa do Atlântico. Stefan Zweig teria dito ao ouvir a notícia no "Repórter Esso": "A guerra chegou ao paraíso!"

Em Lost Zweig, Stefan Zweig - como homem e intelectual de vocação cosmopolita - erige-se de uma modernidade à toda prova, ele que defendia uma Europa sem passaportes e com moeda única, era um pacifista, antibelicista e humanista, militante solitário de suas idéias e convicções. Um homem à frente de seu tempo. E de todos os tempos.

 

BIBLIOFILMOGRAFIA DO DIRETOR

Sylvio Back é cineasta, poeta e escritor. Filho de imigrantes húngaro e alemã, é natural de Blumenau (SC). Ex-jornalista e crítico de cinema, autodidata, inicia-se na direção cinematográfica em 1962, tendo realizado e produzido até hoje trinta e seis filmes - entre curtas, médias e dez longas-metragens: "Lance Maior"(1968), "A Guerra dos Pelados" (1971), "Aleluia,Gretchen" (1976), "Revolução de 30" (1980), "República Guarani" (1982), "Guerra do Brasil" (1987), "Rádio Auriverde" (1991), "Yndio do Brasil" (1995), "Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro" (1999)  e “Lost Zweig” (2004).

Tem editados dezessete livros - entre poesia, ensaios e os argumentos/roteiros dos filmes, "Lance Maior", "Aleluia, Gretchen", "República Guarani", "Sete Quedas", "Vida e Sangue de Polaco", "O Auto-Retrato de Bakun", "Guerra do Brasil", "Rádio Auriverde", "Yndio do Brasil", "Zweig: A Morte em Cena" e "Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro" (tetralíngüe).

Obra poética: "O Caderno Erótico de Sylvio Back" (Tipografia do Fundo de Ouro Preto, MG, 1986); "Moedas de Luz" (Max Limonad, SP, 1988); "A Vinha do Desejo" (Geração Editorial, SP, 1994); "Yndio do Brasil" (Poemas de Filme) (Nonada, MG, 1995), "boudoir" (7Letras, RJ, 1999) e “Eurus” (7Letras, RJ, 2004). .

Com 71 láureas nacionais e internacionais, Sylvio Back é um dos mais premiados cineastas do Brasil.

 

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Última modificação: 20/08/2005